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O Nome “Jornal do Poste” Em 1910, uma senhora adquiriu, por hábito, escrever em uma folha de papel, notícias curiosas que aconteciam na época e afixá-las nos postes do centro da cidade. O nome dela era Dona Adelina. Sua idéia fez muito sucesso e todos gostavam de ler as notícias, que também sabia escrever fofocas tipo quem está namorando com quem, casamentos, mortes e nascimentos. Dona Adelina utilizou-se desta prática durante muito tempo, daí sua folha ser reconhecida como Jornal do Poste. Após 30 anos é que Joanino Lobosque teve a idéia de imitar D. Adelina e resolveu profissionalizar a idéia adaptando-a para murais.

O pai do “Jornal do Poste” foi Joanino Lobosque Neto (1915-1985), inau-gurando uma nova escola em comunicação. Joanino não tinha nenhum curso de jornalismo, estudou no extinto Ginásio Santo Antônio. Antes do Jornal do Poste, Lobosque tinha um café no centro da cidade, depois se associou a Francisco de Almeida Neves, irmão de Tancredo de Al-meida Neves, fundando o famoso Café Rio de Janeiro, freqüentado pela alta sociedade. Violinista e de uma vida extravagante, Joanino sempre teve um con-junto musical com músicos famosos tipo Agostinho França e outros. Em 1952, já trabalhando apenas como fiscal fazendário foi que decidiu fundar o Jornal do Poste, mas continuou com o seu conjunto. Quando o Jornal do Poste começou a ter aceitação, Joanino montou a sede da redação na Av. General Osório, 477, bairro Tijuco. Nesta sede, Joanino mantinha um salão para festas, onde reunia os amigos com freqüência e muita fartura. Entre as várias histórias curiosas do Jornal do Poste, vamos registrar a “das cobras”. Joanino tinha um famoso serpentário ao lado da redação. Uma vez que o Sr. Hélio Garcia, Governador de Minas Gerais na época, foi sozinho visitar o Jornal do Poste e sentou-se em uma das cadeiras de recepção. No meio da conversa, surge sob suas pernas, uma enorme cobra e o homem, pálido, salta por sobre a cadeira e sai esbravejando, enquanto Joanino morria de rir. A ino-fensiva cobra era uma Caninana que ficava solta e circulando pela redação.

O Sucessor “Fuzil Metralhadora” O sucessor de Joanino Lobosque foi o Sr. Firmino Monteiro ou, como ele gostava de dizer, “O Repórter FM”. Às vezes aproveitando as iniciais de seu nome, utilizava o pseudônimo “Fuzil Metralhadora”. Firmino Monteiro (1937-1991) antes trabalhou em Volta Redonda-RJ, na CSN, aposentou-se, voltou para sua terra natal e aqui montou uma oficina de eletro-domésticos. Neste meio tempo, Firmino começou a colaborar com o Jornal do Poste, fazendo artigos e ajudando o Lobosque a editar os jornais. Com isso ele descobriu sua paixão por jornalismo e pelo Jornal do Poste, aprendendo a co-nhecer e a praticar as técnicas utilizadas pelo pai do mural. Com a morte de Joanino, Firmino Monteiro comprou de herdeiros de Lobosque o Jornal do Poste. Aí começou a era Fuzil Metralhadora. Repórter FM, a famosa língua de cobra de São João Del Rei. Firmino marcou época com seu estilo arrojado e independente de se expressar. Não faltaram problemas com leitores descontentes que, às vezes abriam processos contra o jornal. Mas, muitas vezes, Firmino conseguia grandes furos jornalísticos, principalmente em assuntos políticos, onde ele tinha um estilo todo próprio de atuar. Antes de sua morte, Firmino havia se desligado do PMDB para fundar o PSC, com o objetivo de ser candidato a prefeito municipal. Firmino dizia que tinha grandes trunfos para utilizar na campanha, porém o destino apressou sua partida.

A FAMA DO “Jornal do Poste” De um simples mural, até a fama internacional, o trajeto do Jornal do Poste vem deixando rastros cristalinos de criatividade, originalidade e pratici-dade. Antes mesmo da chegada da televisão em São João Del Rei, Joanino, de posse de um rádio possante, ficava acordado até altas horas da noite colhendo as últimas notícias que ocorriam no Brasil e no mundo. De posse das notícias, acordava cedo para fechar a edição, onde ainda lançava notícias locais fresqui-nhas. O Jornal do Poste chegou a ser considerado o impresso mais rápido do Brasil, sendo que uma vez chegou a soltar três edições num mesmo dia. A credibilidade e a popularidade do jornal cresciam à medida que o di-namismo de Joanino garantia a pontualidade e a veracidade das notícias. Era comum entre brigas de vizinhos, os envolvidos ameaçarem, em vês de polícia ou promotoria, denunciar ao Jornal do Poste, tamanho era o respeito do mural. A fama do Jornal do Poste se deve também à comunicação de Joanino com as rádios e os jornais da capital. Por telefone, ele passava as notícias ex-traordinárias que aconteciam em São João Del Rei. Até a Rádio São João Del Rei AM abria espaço diário na sua programação matutina, onde Joanino (depois Firmino Monteiro) por telefone direto da redação, passava ao vivo as manchetes do dia. Ouve ocasiões em que o diretor do Jornal do Poste era convidado a fazer palestras sobre imprensa alternativa na Universidade de Brasília para estudantes de jornalismo. Com o atual diretor, Cláudio Monteiro foi gravado várias reportagens com grandes canais de TVs, como: Alterosa; Manchete; Globo, em cadeia na-cional nos 10 anos da morte de Tancredo Neves, fez a reportagem com a Ordem Terceira de São Francisco de Assis, Solar dos Neves e Jornal do Poste; e, Record TV, no programa “Achamos no Brasil”, com Samukinha, transmitido pelo Domingo Espetacular, também para todo o Brasil. (link) Cláudio Monteiro, também foi procurado por vários alunos de universidades de jornalismo, para entrevistas, fotos, vídeos e até documentário que seria concor-rido na Universidade de Brasília-DF.

A INFORMATIZAÇÃO DO “Jornal do Poste” De outubro de 1991, quando Cláudio Monteiro assumiu a direção do jornal até o ano de 2008, o Jornal do Poste era datilografado, suas cópias eram através de carbono e os títulos das matérias eram escritos com pincel atômico. A partir de 2008, foi iniciado um processo de informatização, que levou certo tempo para adequar as tradicionais páginas de mural em impressoras. Desde então, o jornal vem passando por inovações para melhorar sua qualidade de impressão e fotos coloridas em todas as páginas. Mais uma vez, entramos em uma nova era para o Jornal do Poste, a da digital. Estamos lançando o site: www.jornaldoposte.com e esperamos que com o tempo e muito trabalho, possamos estar atendendo a todas as necessidades de nossos leitores e clientes.

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